Dor na coluna é quase inevitável, diz médico
Problema nas costas é o principal motivo de afastamento do trabalho.Alguns exercícios ajudam a evitar o desenvolvimento da doença.
Se você ainda não sentiu dores nas costas, não perde por esperar. Quem garante é o neurocirurgião Eduardo Barreto, membro-titular da Sociedade Brasileira da Coluna Vertebral e do Estudo da Dor e um dos organizadores do Simpósio Internacional da Coluna, que se realiza neste sábado (25), no Hotel Windsor, na Barra, Zona Oeste do Rio.
Veja galeria de fotos com exercícios para a coluna
Barreto chama a atenção para o aumento, em todo o mundo, do problema entre os trabalhadores economicamente ativos e diz que esse é o principal motivo de afastamento do trabalho entre pessoas de 20 a 50 anos.
“Dados de 2007 indicam que cerca de 14% da população dos Estados Unidos já se submeteu a algum tipo de cirurgia na coluna”, acrescenta o médico.
No Brasil, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) informa que problemas relacionados à coluna está em terceiro lugar no número de queixas e afastamentos. Só perde para as doenças psiquiátricas, que estão em segundo lugar, e para as doenças ocupacionais relacionadas ao trabalho (Dort) e lesões por esforço repetitivo (LER). O INSS percebe, no entanto, o aumento no número de queixosos com dores nas costas.
Para prevenir e minimizar o problema, os especialistas indicam tratamentos com acupuntura, fisioterapia, RPG (reeducação postural global) e alongamento. Atividades dentro d'água também são aconselhadas, como natação, hidroginástica e hidroterapia. Devem ser evitadas as atividades que dão impacto na coluna, entre elas, andar a cavalo e correr.
Utilizada em muitas empresas para prevenir as dores na coluna, a ginástica laboral - um conjunto de exercícios variados de alongamento, fortalecimento e relaxamento muscular - é considerada eficaz quando o assunto é prevenção. São exercícios leves, realizados próximo ao posto de trabalho.
Na ausência de um professor de ginástica laboral, a cada duas horas trabalhadas é indicada a pausa compensatória de aproximadamente dez minutos com exercícios que podem ser feitos sem sair da cadeira.
“O grande vilão da coluna é a postura estática. É importante sempre mudar de posição, variar a distribuição do peso corporal, para evitar sobrecargas na mesma musculatura”, explica a instrutora de ginástica laboral e fisioterapeuta, Patrícia Pinto, que constata uma redução de casos nas empresas que aderem à prática da ginástica.
“É importante tomar cuidado com os resultados mágicos de qualquer tratamento de coluna. Não ter barriga não significa que você tenha musculatura saudável. Os exames necessários serão feitos a partir das hipóteses de diagnósticos. O tratamento medicamentoso vai ser conduzido com fisioterapia e até um tratamento cirúrgico, se a pessoa tiver uma coisa mais grave. O tratamento cirúrgico é mais restrito do que o clínico. Só entra nisso quando tem falência no tratamento clínico conservador ou quando tem uma lesão neurológica em desenvolvimento”, explica Barreto.
Segundo o médico, uma técnica simples pode melhorar os sintomas. Quem está com um processo agudo de dor, pode usar gelo envolvido na toalha e pôr sobre o local - isto vai reduzir a inflamação.
Outro método que resulta em alívio é deixar a água quente do chuveiro bater nas costas. O calor local da água vai proporcionar um efeito relaxante, já que dilata os vasos sanguíneos do músculo, bloqueando a entrada da dor.
Um dos objetivos é apresentar as novidades no assunto, como a biotecnologia que reconstrói e regenera as células da coluna do paciente.
Outra questão em discussão é o futuro da cirurgia da coluna. “Existe uma pressão para que se tenha mais cirurgias e mais medicamentos. A prevenção é um fator relegado pelas indústrias farmacêuticas e de material cirúrgico. Iremos discutir as reais necessidades da cirurgia e os novos métodos que agridem menos os pacientes”, diz Eduardo Barreto, um dos organizadores do simpósio.
Veja galeria de fotos com exercícios para a coluna
Barreto chama a atenção para o aumento, em todo o mundo, do problema entre os trabalhadores economicamente ativos e diz que esse é o principal motivo de afastamento do trabalho entre pessoas de 20 a 50 anos.
“Dados de 2007 indicam que cerca de 14% da população dos Estados Unidos já se submeteu a algum tipo de cirurgia na coluna”, acrescenta o médico.
No Brasil, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) informa que problemas relacionados à coluna está em terceiro lugar no número de queixas e afastamentos. Só perde para as doenças psiquiátricas, que estão em segundo lugar, e para as doenças ocupacionais relacionadas ao trabalho (Dort) e lesões por esforço repetitivo (LER). O INSS percebe, no entanto, o aumento no número de queixosos com dores nas costas.
Como evitar o problema
“Eu sugiro uma mudança de postura. Por aí vamos resolver o problema. Quatro em cinco adultos, em algum momento, vão ter um episódio de dor na coluna. Não adianta tratar com a ciência mais moderna se a postura não mudar. É o caso do sujeito que fuma e passa por uma cirurgia cardíaca e continua fumando. As artérias vão estar sempre entupidas”, avisa o neurocirurgião, que considera o sedentarismo o maior vilão das dores nas costas, seguido do tabagismo e das formas erradas de se trabalhar, como se esparramar na cadeira. Para prevenir e minimizar o problema, os especialistas indicam tratamentos com acupuntura, fisioterapia, RPG (reeducação postural global) e alongamento. Atividades dentro d'água também são aconselhadas, como natação, hidroginástica e hidroterapia. Devem ser evitadas as atividades que dão impacto na coluna, entre elas, andar a cavalo e correr.
Utilizada em muitas empresas para prevenir as dores na coluna, a ginástica laboral - um conjunto de exercícios variados de alongamento, fortalecimento e relaxamento muscular - é considerada eficaz quando o assunto é prevenção. São exercícios leves, realizados próximo ao posto de trabalho.
Na ausência de um professor de ginástica laboral, a cada duas horas trabalhadas é indicada a pausa compensatória de aproximadamente dez minutos com exercícios que podem ser feitos sem sair da cadeira.
“O grande vilão da coluna é a postura estática. É importante sempre mudar de posição, variar a distribuição do peso corporal, para evitar sobrecargas na mesma musculatura”, explica a instrutora de ginástica laboral e fisioterapeuta, Patrícia Pinto, que constata uma redução de casos nas empresas que aderem à prática da ginástica.
Como tratar
O especialista recomenda que a primeira preocupação é a escolha do profissional a quem será confiada a sua coluna. “É importante tomar cuidado com os resultados mágicos de qualquer tratamento de coluna. Não ter barriga não significa que você tenha musculatura saudável. Os exames necessários serão feitos a partir das hipóteses de diagnósticos. O tratamento medicamentoso vai ser conduzido com fisioterapia e até um tratamento cirúrgico, se a pessoa tiver uma coisa mais grave. O tratamento cirúrgico é mais restrito do que o clínico. Só entra nisso quando tem falência no tratamento clínico conservador ou quando tem uma lesão neurológica em desenvolvimento”, explica Barreto.
Segundo o médico, uma técnica simples pode melhorar os sintomas. Quem está com um processo agudo de dor, pode usar gelo envolvido na toalha e pôr sobre o local - isto vai reduzir a inflamação.
Outro método que resulta em alívio é deixar a água quente do chuveiro bater nas costas. O calor local da água vai proporcionar um efeito relaxante, já que dilata os vasos sanguíneos do músculo, bloqueando a entrada da dor.
Novas técnicas
Neurocirurgiões do mundo estão reunidos neste fim de semana no Rio para discutir o futuro da cirurgia da coluna e os métodos de prevenção contra o desenvolvimento da doença num simpósio internacional sobre o tema. Um dos objetivos é apresentar as novidades no assunto, como a biotecnologia que reconstrói e regenera as células da coluna do paciente.
Outra questão em discussão é o futuro da cirurgia da coluna. “Existe uma pressão para que se tenha mais cirurgias e mais medicamentos. A prevenção é um fator relegado pelas indústrias farmacêuticas e de material cirúrgico. Iremos discutir as reais necessidades da cirurgia e os novos métodos que agridem menos os pacientes”, diz Eduardo Barreto, um dos organizadores do simpósio.
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